Separado pelo canal de S. Vicente fica, do outro lado, a ilha de S.
Antão. É ligada por dois ferries que demoram meia-hora ou uma hora
conforme o tipo de barco, do Mindelo a Porto Novo. O catamaran é mais
rápido mas também mais caro.
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O ferry mais «lento» ... |
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Ilhéu dos Pássaros à saída do Mindelo |
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Meia hora depois Porto Novo à vista |
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S. Vicente vista de S.Antão |
No cais esperava-nos um amigo da
Rita, Arlindo Évora, um dos elementos de um dos mais famosos grupos
musicais de Cabo Verde. Os "Cordas do Sol" ganharam todos os prémios
(melhor álbum, letra, música) em 2013. Nesse ano ainda fecharam o famoso
festival da Baía das Gatas. Uma honra e grande responsabilidade. Já os
conhecíamos de um concerto em Lisboa onde o ritmo nos arrebatou por
completo.
Com tudo organizado o Arlindo foi inexcedível em nos receber da melhor maneira, que se traduz em Cabo Verde por "Morabeza".
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Subida para a montanha |
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A estrada de «Sintra» ... |
Esta
ilha é única em todo o arquipélago. Se todas quase que só têm pedras,
S.Antão, a ilha verde, tem uma vegetação luxuriante. As fotos
falam por si, pois as paisagens deixam-nos sem palavras.
É nesta ilha que se produz a horticultura exportada para o resto do arquipélago. Nas encostas em socalcos a lembrarem-nos o Douro e nas crateras dos vulcões, encontramos a terra bem cuidada e completamente cultivada.E verde, sempre muito verde.
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Agricultura na cratera |
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Plantação de cana do açúcar |
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Aqui no alto faz frio |
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Lá em baixo adivinha-se S.Vicente |
Para chegarmos a Ribeira Grande do outro lado, as estradas em calçada, curvam por entre a floresta e sobem pela montanha para nos oferecerem vistas deslumbrantes.
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O Arlindo, Massada e a Rita |
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Ribeira Grande |
Depois de um belíssimo almoço já tardio, de peixe, em Pedra Cin, iniciámos o regresso porque o último barco largava às 17h00. Vínhamos avisados de que era a única coisa em todo o arquipélago a cumprir rigorosamente os horários.
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Almoço com o Arlindo em Pedra Cin. Peixe para variar... |
Foi uma louca corrida até ao cais e nem parámos na cancela onde o guarda ficou a falar sózinho. A porta do ferry estava a fechar e parou indecisa quando nos viu aproximar. O famoso «jeitinho» lá funcionou, mas não foi fácil. O Arlindo escreveu-nos mais tarde a descrever o momento:
"E para marcar ainda mais, houve o episódio «de quase ter de ficar e quase ter de partir» com a rampa do barco fechada meio a decidir o destino do dia".
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Estrada de regresso em Paúl |
Resta-nos agradecer este dia fantástico ao Arlindo e ao motorista Massada que nos guiou neste dia.
Ficou a promessa de voltar.